
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse nesta sexta-feira (30) que quer dobrar a tarifa sobre aço importado de 25% para 50%. A medida seria uma forma de defender a produção nacional, segundo ele.
— Vamos elevar de 25% para 50% as tarifas de alumínio nos Estados Unidos, o que garantirá ainda mais segurança para a indústria siderúrgica — disse, em uma fabrica de uma empresa metalúrgica na Pensilvânia.
A alíquota de 25% em vigor está sendo aplicada desde março sobre todas as importações, inclusive do Brasil, que ocupa o posto de segundo maior fornecedor de aço para os EUA.
Essa é a segunda elevação deste o início do atual governo do republicano, porém, Trump já havia aplicado a medida no seu primeiro mandato, entre 2017 e 2021. Em 2018, ele estabeleceu 25% sobre importações de aço e 10% em relação ao alumínio, mas excluiu México e Canadá.
Na ocasião, ainda, o Brasil conseguiu um acordo estabelecendo cotas de importação isentas da tarifa. Em 2022, Joe Biden revogou as taxas sobre o aço.
Tarifaço
Essa não é única ação de Trump referente às tarifas. Na quinta-feira (30), o governo dos Estados Unidos conseguiu derrubar temporariamente a decisão liminar de um tribunal de Nova York, que havia suspendido o tarifaço sobre produtos importados nos EUA.
A decisão, que se refere ao tarifaço apresentado por Trump em 2 de abril, foi contestada pelo governo dos EUA em instância federal ainda na quarta, quando um colegiado de três juízes do Tribunal de Comércio Internacional, com sede em Nova York, bloqueou as tarifas recíprocas anunciadas no chamado "Dia da Libertação".
Apesar de as tarifas precisarem de aprovação pelo Congresso, Trump defende que deve e que tem poder para agir sozinho.
O presidente argumenta que o déficit da balança comercial dos EUA — ou seja, gastos maiores com importações do que ganhos com exportações — representa uma emergência nacional. A justificativa é questionada nos tribunais.