
Uma partida de futebol costuma durar 90 minutos, sem contar os acréscimos. Contudo, o confronto entre Benfica e Chelsea, disputado neste sábado (28) pelas oitavas de final do Mundial de Clubes, foi terminar quase cinco horas depois do apito inicial. Dentro de campo, o Chelsea venceu por 4 a 1, na prorrogação e avançou às quartas de final. O rival será o Palmeiras, sexta (4), às 22h, na reedição da final do Mundial de 2021 vencida pelos ingleses.
O Chelsea abriu o placar com James, no segundo tempo. Nos minutos finais, o jogo foi paralisado por questões climáticas. Após quase duas horas, a bola voltou a rolar e Di María empatou. Na prorrogação, Nkunku, Pedro Neto e Dewsbury-Hall confirmaram a vitória.
Defesa salva o Benfica no primeiro tempo
Favorito para o confronto, o Chelsea iniciou a partida contra o Benfica no ataque. Com apenas 43 segundos, Pedro Neto exigiu a primeira defesa de Trubin após receber no lado direito da área, cortar para o meio e finalizar forte.
Na sequência, os ingleses passaram a ter mais posse de bola, enquanto o time português era sufocado e não conseguia contra-atacar. Entretanto, a segunda chance clara de gol só apareceu aos 19 minutos.
Com falha do sistema defensivo do Benfica, Pedro Neto, no lado direito, lançou Delap, livre na área. O atacante foi até a linha de fundo, tentou cruzar para Palmer, mas a bola desviou em António Silva. Cucurella aproveitou a sobra, limpou a marcação da jogada e finalizou no ângulo. Desta vez, o zagueiro português tirou de cabeça, em cima da linha.
Trubin
No minuto seguinte, Cole Palmer também teve oportunidade de abrir o placar. No lado esquerdo da área, ele superou a marcação de Aursnes e chutou forte, obrigando Trubin a espalmar para escanteio.
O goleiro ucraniano ainda faria mais uma grande defesa aos 37 minutos. Em mais um erro de marcação do Benfica, Lavia encontrou Cucurella livre no lado esquerdo e tocou para o espanhol. O jogador entrou na área, cara a cara contra o goleiro, e chutou forte. Trubin defendeu com o braço esquerdo e evitou o gol do Chelsea.
Apesar das falhas defensivas, principalmente no lado direito, o Benfica conseguiu segurar o time inglês e levou o empate sem gols para o intervalo.
Paralisação e bola parada decidindo
A volta para o segundo tempo mostrou o mesmo cenário de antes do intervalo, com o Chelsea tendo mais a bola, enquanto o Benfica não levava perigo ao goleiro Sanchez.
Nos primeiros 15 minutos, os portugueses até conseguiram segurar a pressão inglesa, muito em função da quantidade de jogadores do Benfica no campo de defesa, auxiliando na marcação. O Chelsea não conseguia chegar na área com facilidade e teve de apostar na bola parada para furar o bloqueio adversário.
O gol
Aos 18 minutos, em falta no lado esquerdo, quase na linha lateral, Reece James surpreendeu e cobrou direto no gol. Trubin foi pego de surpresa e não conseguiu evitar o gol do Chelsea: 1 a 0.
Atrás no placar, o Benfica teve de se mandar ao ataque e por pouco não teve uma boa chance quatro minutos após o gol. Pavlidis recebeu no lado direito da área, em condições de finalizar, mas foi interceptado por Badiashile, que impediu a continuação da jogada.
O Benfica foi ter a sua principal chance de gol aos 32 minutos. Aursnes recebeu no lado direito, deu uma meia-lua em Cucurella e cruzou rasteiro na entrada da área. O argentino Prestianni pegou de primeira, mas a finalização foi mal feita, e a bola saiu.
Dois minutos depois, Delap marcou o segundo gol do Chelsea, com direito a drible em Trubin. Contudo, a arbitragem anulou e marcou impedimento do centroavante inglês.
Tempo
Por volta dos 40 minutos do segundo tempo, a arbitragem paralisou a partida por razões climáticas, já que havia a ameaça de raios. Após quase duas horas, a partida foi retomada.
Aos 47 minutos, a bola foi cruzada na área do Chelsea. Após cabeceio de Otamendi, a bola bateu no braço de Gusto. Após checagem do VAR, foi assinalado pênalti. Di María cobrou, fez o gol e levou o confronto para a prorrogação.
Prorrogação
No começo da prorrogação, o Benfica teve um jogador expulso. Aos três minutos do primeiro tempo, Prestianni recebeu o segundo cartão amarelo depois de falta em Colwill.
As principais chances aconteceram aos 13 minutos. Primeiro, Palmer finalizou dentro da área e Trubin espalmou. Na sequência, em contra-ataque, Di María entrou na área, cortou para a perna esquerda, mas finalizou fraco.
Goleada
No começo do segundo tempo, o Chelsea voltou a estar na frente do placar. Em lance de contra-ataque, Caicedo, no lado esquerdo da área, finalizou rasteiro. Trubin não conseguiu agarrar a bola, deu rebote, e Nkunku fez 2 a 1.
Depois do gol, o Benfica deu mais espaços, que possibilitaram mais duas bolas na rede para o Chelsea. Pedro Neto e Dewsbury-Hall fizeram gols cara a cara com Trubin. Placar final: 4 a 1.
Mundial de Clubes – oitavas de final – 28/06/2025
Benfica (1)
Trubin; Aursnes (João Veloso, 40'/2°T), António Silva, Otamendi e Dahl; Florentino (Prestianni, 25'/2°T), Leandro Barreiro e Kökçü (Tiago Gouveia, 40'/2°T); Di María, Schjelderup (Aktürkoğlu, INT) e Pavlidis (Belotti, 25'/2°T). Técnico: Bruno Lage.
Chelsea (4)
Sanchez; James (Malo Gusto, 36'/2°T), Colwill (Anselmino, 13'/2°T/P), Badiashile (Adarabioyo, 25'/2°T) e Cucurella; Lavia (Chalobah, 41'/2°T), Caicedo, Enzo Fernández (Dewsbury-Hall, 36'/2°T), Cole Palmer e Pedro Neto; Delap (Nkunku, 36'/2°T). Técnico: Enzo Maresca.
GOLS: James, aos 18 minutos do segundo tempo. Di María, aos 47 minutos do segundo tempo. Nkunku, aos 2, e Pedro Neto, aos 10 minutos, Kiernan Dewsbury-Hal, aos 13 minutos do segundo tempo da prorrogação.
CARTÕES AMARELOS: Pavlidis, Florentino, Kökçü, António Silva e Prestianni (2x) (B); Caicedo, Palmer e Colwill (C).
ARBITRAGEM: Slavko Vincic, auxiliado por Tomas Klancnik e Andraz Kovacic (trio esloveno). VAR: Marco Di Bello (ITA).
LOCAL: Bank of America, em Charlotte, nos Estados Unidos.