
Mudou a comissão de frente na CBF, mas os caciques continuam os mesmos. Samir Xaud, do longínquo Roraima, médico, 40 anos, é realmente uma cara nova a assumir o comando do futebol brasileiro.
Mas uma rápida repassada nos articuladores da sua candidatura basta para perceber que pouco muda em relação ao que estava posto. Fernando Sarney, interventor nomeado pela Justiça e um dos cabeças da candidatura de Xaud, é vice-presidente da CBF desde 2004.
Passou por todos os presidentes desde lá (Ricardo Teixeira, José Maria Marin, Marco Polo del Nero, Coronel Nunes, Rogério Caboclo e Ednaldo Rodrigues). Aliás, nos últimos sete mandatos, cinco presidentes foram afastados.
A foto dos apoiadores de Xaud também tem nomes como Rubens Lopes, 78, presidente da Ferj desde 2007 e reeleito em 2022 para o sexto e último mandato.
Rubens Angelotti, presidente da Federação Catarinense desde 2016, é outro apoiador. Ele seguirá com a cadeira de vice para qual havia sido indicado na chapa de Ednaldo, eleita com 100% dos votos em março.
Flávio Zveiter, outro vice de Xaud, tem sobrenome de longa estrada nos corredores da CBF. É filho de Luiz Zveiter, presidente do STJD entre 1995 e 2005.
Flávio também foi presidente do STJD e vice de desenvolvimento Ednaldo em 2022. No começo de 2024, lançou-se candidato à sucessão de Ednaldo, mas a eleição acabou abortada pela liminar obtida no STF pelo ex-presidente.
Apoio da federação gaúcha
Xaud conta com o apoio de 25 federações, entre elas a FGF. Apenas as federações de São Paulo, de Reinaldo Carneiro Bastos, e a do Mato Grosso não assinaram a carta de apoio.
Luciano Hocsman é uma das caras novas nesse cenário da CBF e revelou que ocupará um cargo próximo a Xaud em uma gestão que parece nova, mas tem muito do que o futebol brasileiro está acostumado a ver nas últimas duas décadas.