
A jornalista Carolina Pastl colabora com a colunista Gisele Loeblein, titular deste espaço.
A Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) reconheceu o Brasil como livre de gripe aviária em granjas comerciais. A homologação da autodeclaração brasileira, realizada na última quarta-feira (18) com o fim do vazio sanitário, foi comunicada nesta sexta (20), após análise e validação de todos os procedimentos sanitários adotados pelas autoridades.
Com o reconhecimento, todos os países membros da OMSA passam a ter conhecimento formal de que o Brasil cumpriu integralmente os protocolos internacionais. Entre as exigências estão a desinfecção completa da granja afetada, o cumprimento do período de vazio sanitário de 28 dias — equivalente a dois ciclos do vírus — e a entrega de um relatório técnico detalhado, que documenta todas as ações realizadas para conter o surto.
O próximo passo, lembrou Ricardo Santin, presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), agora será a retomada de mercados, que deve ser feita pelos países:
— O Brasil agora vai buscar a reabertura de todos os mercados que tem alguma suspensão, total, parcial, regional e em um raio de 10 quilômetros para que voltem à normalidade as exportações de carne de frango e ovos.
O caso de gripe aviária foi detectado em maio, em uma granja comercial em Montenegro. Na ocasião, 17 mil aves para produção de ovos férteis morreram — pela doença ou pelo chamado abate sanitário.
O Brasil segue com três focos ativos de gripe aviária em aves silvestres, o que não impede a vigência do novo status — um em um zoológico em Sapucaia do Sul, outro em Brasília, no Distrito Federal, e outro em Mateus Leme, em Minas Gerais.
Situação dos embargos:
Suspensão total: China, União Europeia, Iraque, Coreia do Sul, Chile, Filipinas, África do Sul, Peru, Albânia, Canadá, República Dominicana, Uruguai, Malásia, Mauritânia, Argentina, Timor-Leste, Marrocos, Índia, Sri Lanka, Macedônia do Norte e Paquistão.
Suspensão ao Rio Grande do Sul: Arábia Saudita, México, Kuwait, Reino Unido, Omã, Rússia, Bielorrússia, Armênia, Quirguistão, Angola, Turquia, Bahrein, Cuba, Montenegro, Namíbia, Cazaquistão, Bósnia e Herzegovina, Tajiquistão e Ucrânia.
Suspensão limitada a Montenegro: Emirados Árabes Unidos, Japão, Catar e Jordânia.